Os índios caiapós foram os primeiros habitantes das terras que hoje constituem o Município de Rio Verde de Mato Grosso. No século XVII, expedições de bandeirantes penetraram pelo varadouro existente entre o Rio Pardo e o Ribeirão Camapuã, daí seguindo pelo Rio Coxim chegaram ao Rio Taquari, em busca das terras dos caiapós, com o intuito de preá-los. Com o estabelecimento de Domingos Gomes Belliago, em 1729, à margem direita do Taquari, a região passou a ser devassada com mais frequência, o que determinou o afastamento dos habitantes primitivos.[11]
Durante a Guerra do Paraguai, as terras do atual município serviram de passagem para as tropas imperiais na campanha que ficou celebre através do livro A retirada da Laguna, de Visconde de Taunay, que narra em seu primeiro capítulo a morte do Coronel José Antônio da Fonseca Galvão, então investido na chefia do contingente, às margens do Rio Negro, atual limite entre os municípios Rio Verde de Mato Grosso e Aquidauana.[12]
A região permaneceu inabitada até o ano de 1885, quando se instalou no local Américo de Souza Brito, que adquirira por compra ao Estado extensa faixa de terra situada à margem direita do Rio Verde. Tinha ele a intenção de se dedicar à pecuária, mas acabou vendendo a maior parte de suas terras a Antônio Vitorino da Costa, que instalou a fazenda Campo Alegre. [11]
Com o passar do tempo, novos migrantes chegaram a região com suas famílias para abertura de propriedades rurais visando desenvolver, principalmente, atividades relacionadas à pecuária[11]. Os habitantes mais antigos da região, consequentemente os que determinaram a formação do núcleo do atual município de Rio Verde, foram: Américo de Souza Brito, Alcides Pitan, Antônio Vitorino da Costa, José Maria da Costa Diniz, Sabino José da Costa, José de Lara Falcão, Teodoro de Lara Falcão, Domingos Ribeiro Guimarães, Pedro Vieira de Almeida, Fernando Vieira de Almeida, Benedita da Costa Marques, Joana Antônio de Oliveira, Marcolino Barbosa de Lima, Virgílio Anastásio da Silva, Cristiano Estevam Correia e Porfírio Gonçalves.[13]
Outro importante impulso ao povoamento do futuro município ocorreu no início da segunda década do século XX, com a descoberta de lavras de pedras preciosas nos rios da região, o garimpo atraiu muitas pessoas em busca de riqueza, oriundas principalmente do Nordeste brasileiro.[14]
Porfírio Gonçalves um dos grandes entusiastas da região, foi o que mais concorreu para o progresso do novo povoado[11], natural de Cruz Alta no Rio Grande do Sul, estabeleceu-se na localidade com sua esposa Ubaldina Barbosa Gonçalves no ano de 1925, onde tornou-se um grande comerciante no ramo de secos e molhados, ferramentas, remédios, panos e sementes.[15] Cinco anos depois, adquiriu uma área de 570 hectares de terras do Sr. Antonio Vitorino da Costa, que fazia parte da fazenda Campo Alegre, e um ano mais tarde delimitou um trecho onde iniciaria seus planos de colonização da região, vendendo glebas rurais ao custo de 45 mil-réis o hectares, e doando os lotes aos que quizessem construir uma casa.[16] Dele partiu também a iniciativa da construção do primeiro templo católico, inaugurado entre 1931 e 1932. A primeira missa foi celebrada em fins de 1932, pelo padre João Crisppa, Pároco de Campo Grande.[11]
Através do Decreto nº89, de 17 de agosto de 1931, o governo do estado criou o distrito de paz de Rio Verde, integrante do município de Coxim, instalado aos 3 de outubro do mesmo ano, foi nomeado para as funções de Juiz de Paz, Porfírio Gonçalves; de Suplente, Antônio Vitorino da Costa e José Herculano de Souza Benevides; de tabelião escrivão do Cartório de Paz, Thomáz Barbosa Rangel e de Subdelegado de Polícia, Tomás Menezes.[13]
Pelo decreto-lei nº 373, de 19 de novembro de 1940 foi reservado a área do patrimônio da vila de Rio Verde [13], onde se pretendia gerar a infraestrutura urbana necessária ao novo povoado, a doação desta área pelo então Subprefeito, Porfírio Gonçalves, tinha o intuito de consolidar a implantação do povoado lançando as bases da criação do futuro município.[16]
O Decreto n° 219, de 7 de novembro de 1945 criou as Escolas Reunidas de Coronel Galvão, novo topônimo de Rio Verde, alterado pelo Decreto-Lei Estadual nº 545, de 31 de dezembro de 1943. A denominação – Coronel Galvão – foi uma homenagem ao comandante da força expedicionária brasileira na Guerra do Paraguai, morto em 1866[13].
O decreto-lei nº 876, de 3 de julho de 1947 criou a Coletoria Estadual, instalada em 1948. O decreto estadual nº 781, de 27 de outubro de 1949, resolve transformar as Escolas Reunidas em Grupo Escolar, com a denominação de Porfírio Gonçalves, em homenagem ao pioneiro, falecido[13] em 20 de abril de 1948[17].
A Lei n° 707, de 16 de dezembro de 1 953, depois retificada pela Lei n° 370, de 31 de julho de 1954 criou o município de Rio Verde de Mato Grosso, a partir do antigo distrito de Coronel Galvão, extraindo seu território dos Municípios de Coxim e Corguinho. A nova comuna foi instalada aos 23 de janeiro de 1954, quando tomou posse no cargo de Prefeito, Israel Alves Pereira, até então Juiz de Paz e que, por força de determinação legal, assumiu o Governo Municipal até a realização das primeiras eleições, em 3 de outubro daquele ano, tendo sido eleito, para Prefeito Municipal, Estácio Toledo Maciel.[13]
Neste mesmo ano foram eleitos os primeiros vereadores do município de Rio Verde de Mato Grosso, ficando a Câmara de Vereadores composta pelos seguintes nomes: Abílio de Souza Guerra (Presidente); Silvino Alves de Oliveira (Vice Presidente); Fernando da Silva (Secretário); César Galvão e Napoleão Ávila Lima[18].
SÍMBOLOS DO MUNICÍPIO
BANDEIRA Municipal oficial de Rio Verde de Mato Grosso –MS
A bandeira oficial do município de Rio Verde Mato Grosso, foi criado em 18 de outubro de 1974, através da Lei Nº.247/74, tendo como prefeito, Dr. Jorcy Cardeal Rangel.
A bandeira é de autoria do heraldista professor Arcinoé Antônio Peixoto de Faria da Enciclopédia Heraldica Municipalista.
A bandeira é esquartelada em cruz sendo os quartéis nas cores alternadas de vermelho e verde módulos de altura por sete modos de comprimento. Separados entre si por faixas brancas e dois módulos de largura disposto no sentido horizontal que partem de uma pala branca central de seis módulos de largura onde em abismo é aplicado o brasão municipal
SIMBOLISMO DA BANDEIRA
A bandeira municipal de Rio Verde Mato Grosso é esquartelada em cruz, lembrando nesse simbolismo o espírito cristão do seu povo, o brasão aplicado na bandeira representa o governo municipal e a pala branca onde é contido representa a própria cidade sede do município.
Cor BRANCA: A cor representa o símbolo da PAZ, AMIZADE, TRABALHO, PROSPERIDADE, PUREZA, RELIGIOSIDADE.
As FAIXAS BRANCAS que separam os quartéis representam a IRRADIAÇÃO DO PODER MUNICIPAL que se expande a todos os quadrantes do seu território.
Os QUARTÉIS assim como nas cores alternadas de VERMELHO e VERDE representam as propriedades rurais existente no território municipal.
A cor VERMELHA é símbolo da DEDICAÇÃO, AMOR PÁTRIO, AUDÁCIA, INTREPIDEZ, CORAGEM, VALENTIA.
A cor VERDE simboliza a HONRA, CIVILIDADE, CORTESIA, ABUNDÂNCIA é a cor símbolo da ESPERANÇA e a esperança é verde porque lembra os campos verdes fazendo esperar copiosa colheita.Fonte: https://arkirve.blogspot.com/2021/12/historia-de-rio-verde-de-mt-ms-criacao.html
BRASÃO OFICIAL DO MUNICÍPIO DE RIO VERDE DE MT-MS
O BRASÂO de armas de Rio Verde de Mato Grosso, foi criado em 18 de outubro de 1974, através da Lei Nº.247/74, tendo como prefeito, Dr. Jorcy Cardeal Rangel
É de autoria do heraldista Professor Arcinoé Antonio Peixoto de Faria, da Enciclopédia Heráldica Municipalista.
O brasão descrito neste artigo em termos próprios de heráudica tem a seguinte interpretação simbólica. O escudo semântico, semítico, usado para representar o brasão de armas de Rio Verde de Mato Grosso, foi o primeiro estilo de escudo introduzido em Portugal por influência francesa, herdado pela heráldica brasileira como evocativo da raça colonizadora e principal formadora da nossa nacionalidade
COROA MURAL que o sobrepõe é o símbolo universal dos brasões de domínio que, sendo de argente prata, de oito torres das quais apenas cinco são visíveis em perspectiva no desenho, classifica a cidade representada na seguinte grandeza ou seja sede da comarca.
O metal argente (PRATA) do campo de escudo, simboliza a PAZ, AMIZADE, TRABALHO, PROSPERIDADE, RELIGIOSIDADE.
Acantonadas em chefe, (parte superior do escudo), as efígies de bois de goles, vermelho afrontadas, lembram a alta IMPORTÂNCIA NA PECUÁRIA na economia municipal.
A cor goles VERMELHO é símbolo de DEDICAÇÃO, AMOR PÁTRIO, AUDÁCIA, INTREPIDEZ, CORAGEM e VALENTIA.
Ao termo (parte inferior do escudo), a faixa audada de sinopla verde representa no brasão o RIO que empresta o nome à cidade, RIO VERDE constituindo-se por essa razão no parlantismo do escudo.
A cor sinopla VERDE é símbolo de HONRA, CIVILIDADE, CORTESIA, ALEGRIA, ABUNDÂNCIA- é a cor simbólica da ESPERANÇA, e a esperança é verde porque lembra os campos fazendo esperar copiosa colheita.
Como apoio do escudo a destra e sinistra, as hastes de ARROZ e galhos de CAFÉ, representadas, apontam os principais produtos oriundos da terra dadivosa e fértil.
No listel de goles VERMELHO em letras argentinas, prateadas, inscreve-se o identificador Rio Verde Mato Grosso”, ladeado pela data da sua emancipação política, 16 de dezembro de 1953.Fonte: https://arkirve.blogspot.com/